
sindicato_impasse_prefeitura_database_2023_MC
SINTAP e Prefeitura entram em impasse em reuniões sobre a data-base 2023. O motivo: REAJUSTE SALARIAL. O verdadeiro bicho-papão da mesa de negociações.
Com três reuniões realizadas junto a Comissão de Negociação Permanente (CNP) em que as reivindicações da data-base foram o alvo dos debates, Gestão Municipal e SINTAP não chegaram num acordo viável.
Sob a alegação de ter concedido o 2º (segundo) melhor reajuste salarial da Região do Alto Tietê no ano de 2022, a Gestão Municipal afirma que não consegue avançar expressivamente em temas solicitados pela categoria para o ano vigente.
Pelo visto a Prefeitura encara o reajuste salarial de 2022 como
algo descomunal ou excessivamente glorioso para os padrões da região. De todo modo, os critérios batem de frente com as expectativas dos servidores, que certamente não estarão contentes com as explicações da Gestão Municipal.
Enfatizamos que a categoria solicitou como prioridade discutir sobre o
aumento salarial, o reajuste inflacionário e a reposição linear das perdas salariais. Sugeriu-se o aumento salarial com valorização acima da inflação de 3,18%; revisão geral anual das perdas inflacionárias (IPC) de 7,32% e a reposição linear das perdas salariais dos servidores municipais de 4,5%, percentual referente ao ano de 2022.
De acordo com a Administração Municipal, será possível
apenas avançar com o índice de 7,32% + 1% de aumento real. Já sobre o
percentual de 4,5% pertencente ao ano de 2022, referente ao ajustamento salarial, a Gestão Municipal declara que não é obrigada a conceder, respaldando-se na Lei Complementar 173/2020.
Outros temas da data-base que abrangem orçamento, consumo ou custos, como Vale-Refeição e Vale-Alimentação que também são itens relevantes para a categoria, receberam sinais que não serão acatados. Em lugar destes, os itens de menor importância serão atendidos, porém alguns em curto prazo, outros em longo prazo.
Amanhã (09), dirigentes do SINTAP irão protocolar um pedido de reunião com o prefeito Caio Cunha para tentar reverter a atual situação, pois as alegações da CNP estão inviáveis para sindicato e categoria. Este não é o momento de ânimos exaltados, pois o que se espera é recuperar a confiança no país,
mas é notória a insatisfação da categoria com a atual gestão municipal e a possibilidade de greve geral está ficando cada vez mais justificável e factual. Nem bem saímos de um ano onde os servidores ficaram frustrados com determinados resultados em negociações e aqui estamos brigando novamente pelos mesmos assuntos.
Para a próxima segunda-feira (13), está marcado mais um encontro para definir junto com a CNP possíveis mudanças que possam contribuir para o bom andamento das negociações, já que a comissão sugeriu este tempo para buscar soluções que gerem bons resultados para os dois lados. Independente deste encontro, a reunião com o Gestor Municipal terá o pedido formalizado para compor as negociações.
Os resultados destas reuniões serão divulgados e debatidos em assembleia com os servidores – data ainda não definida - para que sejam decididas novas alternativas, a recusa ou aceitação da proposta da Administração Municipal.