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Analisando o cenário dos gestores mogianos, percebemos um ponto em comum em todos: o descaso com os servidores municipais. São as velhas práticas inseridas em uma nova roupagem, ou melhor, numa nova gestão...a gestão de Mara Bertaiolli.
A Administração Municipal vem encontrando certa dificuldade para organizar seus horários, principalmente quando as tratativas envolvem os servidores. É lamentável que profissionais que estão servindo o município há anos, NÃO ESTEJAM NA LISTA DE PRIORIDADES da gestão, dos seus subordinados e até mesmo para alguns dos seus correligionários. Vamos aos fatos...
No dia 10 de março, o Coordenador de DRH (Sérgio Decaro) chamou o presidente do SINTAP (Paulo Ramalho) para um encontro que ocorreria no dia seguinte na Secretaria de Gestão. Mesmo sem formalidades estabelecidas - sem prévio agendamento ou sem conteúdo de pauta mencionados -, o SINTAP compareceu, representados por Ramalho e o diretor Clodoaldo. Naquele dia, o presidente da entidade divulgou um vídeo para a categoria, explicando sobre o andamento das negociações da data-base nas horas que antecederam ao encontro com Dcaro.
Na reunião, Decaro informou que foi designado para dar início às negociações e que já havia tabulado a pauta de reivindicações, separando as cláusulas econômicas dos outros temas. É importante entender as diferenças entre as cláusulas econômicas e as que são de natureza social/política. Ambas são importantes para os servidores, porém as primeiras exigem a necessidade de aprovação da Câmara Municipal por meio de lei quando acordados entre as partes, pois envolve recurso orçamentário. Lembrando que março é o mês da data-base com pagamento efetivado no mês seguinte (abril). Já os itens de natureza social/política podem ficar para um segundo momento. Durante o encontro, as dúvidas que a prefeitura tinha sobre as reivindicações foram sanadas e os termos importantes foram pontuados pelo sindicato. Decaro afirmou que levaria ao conhecimento de Mara Bertaiolli as cláusulas econômicas para análise e que entre os dia 17 a 21/03 seria marcada uma reunião oficial entre as partes - Adm. Municipal e sindicato - para tratar das negociações.
No dia 13/03, novamente sem prévio agendamento, Ramalho foi convidado para comparecer à prefeitura no final da tarde e somente no local soube por Decaro que a reunião das tratativas da data-base seria no dia seguinte (14). Eficiência, desorganização ou é apenas um estado de confusão da gestão municipal? (Queremos saber a opinião de vocês).
O SINTAP manteve a pontualidade, o profissionalismo e a responsabilidade perante aos servidores, realizando uma reunião última hora com os gestores da entidade para alinhar temas e reunir documentos. No dia seguinte (data da reunião marcada pela Administração Municipal), o sindicato recebeu uma mensagem de Decaro sugerindo que o encontro que inicialmente seria para o horário da manhã, fosse realizado no período da tarde, pois a gestora municipal teria um compromisso pela manhã. Porém, mesmo remarcando o compromisso, a prefeita não compareceu, alegando um novo compromisso - novamente a prefeitura demonstrando a sua (in)capacidade singular de manter sua agenda -.
O conteúdo da primeira e ÚNICA reunião com a gestão municipal, durou 4h somente e toda a temática foi voltada para itens que estavam ligados ao orçamento. O primeiro item da pauta (sobre a reposição salarial de 4,68% + 3% de aumento real e o percentual de 5,64% das perdas da pandemia de 2020) rendeu discussão por quase 1h e mesmo com todos os argumentos apresentados pelo sindicato, a prefeitura permaneceu com velha narrativa de que NÃO TEM DINHEIRO. A alegação da gestão atual é que está \\\\\\\"arrumando a casa\\\\\\\", tomando conhecimento das contas municipais e que por este motivo é impossível atender ao pedido dos servidores, sendo que a proposta da prefeitura é que não daria para avançar além do IPC que acumulou 4,68% em 2024.
Itens como VR e VA também foram temas discutidos e segundo os representantes da prefeitura, já tem um pedido para estudo de impacto financeiro realizado pela Administração Municipal, e talvez (hipoteticamente), possa ser implementado no próximo ANO para toda a categoria.
Outro tema explanado foi sobre isentar aqueles servidores que utilizam VT e novamente disseram que farão um levantamento de impactos e critérios para evitar abusos, podendo implementar no segundo semestre. Mas, existe generosidade e solidariedade por parte da prefeitura, pois Mara Bertaiolli garantiu que cumprirá a lei da cesta de Natal e que a concederá no final do ano. (quantos likes este ato merece?)
Na próxima semana (data ainda em aberto), o sindicato marcará uma assembleia com os servidores para colocar em votação as propostas da Administração Municipal. Se reprovada, o sindicato informará a gestão municipal para que novas sugestões sejam apresentadas. Porém, cabe aos servidores se manifestarem caso a prefeitura siga irredutível sobre o assunto. Bertaiolli segue o mantra dos seus antecessores: \"neste momento não será possível, mas vamos estudar para ver se é possível implantar no próximo exercício\". Ah, é válido lembrar que a casa de um gestor é a sua cidade e esta funciona por meio dos seus servidores, então que tal olhar mais por estes que trabalham para manter a CASA em funcionamento, hein prefeita? Como dizia Ferrugem, antecessor de Ramalho na presidência do SINTAP, \"quem casa com a viúva, herda os filhos e tem que cuidar\".
Aliás, o sindicato e os servidores esperam que a postura da prefeita seja diferente da postura do seu esposo e ex-prefeito no comando da cidade, visto que a gestão de Marcos Bertaiolli foi considerada extremamente problemática, considerando o seu comportamento temperamental com traços de autoritarismo e opressão aos servidores.
Uma comissão foi criada para discutir outras cláusulas da data-base ao longo do ano.